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Os NFTs como tecnologia de educação e engajamento
Os ativos digitais e o mercado de tokens não fungíveis (NFTs) experimentaram um crescimento exponencial nos últimos 4 anos alcançando volumes de negócios diários na ordem de US$ 1 bilhão [1]
. Ao logo desse período, todo esse movimento contou com os alicerces do ecossistema de criptoativos e da tecnologia blockchain, com a participação de entusiastas da cripto-economia, investidores institucionais, artistas, entre muitos outros interessados.
A adoção em massa e o reconhecimento da utilidade da tecnologia dos tokens não fungíveis, contudo, não é uma realidade. Hoje os interesses ainda são predominantemente especulativos, daqueles que interagem com os NFTs em busca de ganhos com a compra e venda dos ativos.
É possível afirmar que a primeira curva de aprendizado construída em torno dos NFTs, os associou ao entendimento predominante para o universo das artes e dos jogos - da especulação -, algo até natural, na medida em que os projetos que se apropriavam dos tokens estavam sediados nesses segmentos.
Ao longo do tempo, outros segmentos começaram a se apropriar de outras utilidades, mas em um movimento nada contundente, que fosse suficiente para criar uma nova curva de aprendizado do público em geral, condição essa que acomodou grupos isolados em pequenas bolhas, que hoje discutem as suas utilidades, mas sem algo estruturado do setor para criar um novo conceito popular.
Nisso reside um dos principais, senão o mais importante, desafio dos NFTs: sensibilizar o público em geral acerca da utilidade da tecnologia em experiências de serviço e consumo na economia tradicional.
A falta de conhecimento e compreensão sobre o que são os NFT's como utilidade prática para demanda reais e o conceito da tecnologia blockchain ainda é enorme. Para se ter ideia, apenas 3% da população brasileira interage com ativos da economia cripto, entre eles os NFTs [2]
.
Além disso, a primeira curva de aprendizado, associada a perdas sofridas por detentores, afastou muitos usuários do ecossistema. Em abril/2023 o setor registrou uma nova mínima em quantidade de usuários [3]
.
Muitas pessoas e estudantes de todos os níveis ainda não sabem o que é um NFT, têm dificuldades de entender o valor, a autenticidade e a propriedade dos ativos digitais, bem como sobre a segurança e a legalidade das transações envolvendo esses ativos.
Além disso, há barreira de entrada significativa para ingressar no mercado destes tokens, algo que decorre em especial pela complexidade técnica, ausência de ambientes intuitivos e suporte estruturado, questões que dificultam a transição de pessoas da economia tradicional para o ambiente digital, suportado pela blockchain.
Essa percepção de complexidade técnica desencoraja profissionais talentosos de muitas áreas, das pessoas em geral de participar, e reduz a curva de adoção.
Quando confrontamos essa árvore de problemas com os resultados históricos de crescimento dos NFTs, aliado aos tipos de entregas que essa tecnologia pode agregar, compreendemos que existem muitos espaços de oportunidades a serem preenchidos.
Web3: Um dos principais problemas é a falta de conhecimento e compreensão sobre o que são os NFT's como utilidade prática para demanda reais e o conceito da tecnologia blockchain.
Referências:
[3] https://br.beincrypto.com/vendas-de-nfts-caem-drasticamente-e-atingem-nova-minima-no-ano/
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